Sandra Smith fala sobre sua passagem pela CBH
Ex-diretora de Adestramento lembra que foi nomeada em 2013, quando estatuto ainda não estava em vigor, e já deixou o cargo
As polêmicas em torno da conturbada eleição da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) continuam rendendo novos capítulos. Com a impugnação do voto de Alejandra Fernandez, impedida de votar representando a Federação Equestre do Estado do Rio de Janeiro (Feerj) por ser estrangeira (espanhola), o assunto replicou em Sandra Smith, que ocupou o cargo de diretora de Adestramento da CBH por sete anos, de 2013 a 2020. Nesta semana, após a contestada assembleia que elegeu Kiko Mari como novo presidente da entidade, seu nome foi citado em um comunicado da chapa de oposição "CBH Forte e Ativa" e também em uma reportagem do site Adestramento Brasil, que sugeriu uma comparação dos dois casos. Ocorre que, segundo Sandra, a divulgação de seu nome em meio a grande rivalidade política da qual nem participa está gerando ameaças e ofensas. “Prezo minha privacidade e você bem pode imaginar como é desagradável ter seu nome discutido em páginas de rede social, normalmente com informações superficiais e muitas vezes equivocadas”, lamentou, concordando em explicar sua passagem pela CBH.
Sandra é nascida na Argentina, veio ao Brasil ainda bebê e, assim como Alejandra, está em território nacional há mais de 40 anos. Para ela, entretanto, as semelhanças param por aí. “Não sou mais diretora da CBH, mas de qualquer forma são situações bem diferentes ", afirma. Ela lembra que foi convidada a ocupar o cargo de diretora de Adestramento da CBH pela primeira vez em 2013, pelo então presidente Luiz Roberto Giugni, quando o atual estatuto ainda não estava em vigor. “Na época, nem existia essa regra que está causando toda essa celeuma”, diz ela, lembrando que foi convidada para se manter no mesmo cargo em 2017, na gestão Ronaldo Bittencourt. “Nessa época, essa regra também ainda não existia”, comenta, referindo ao Artigo 27 da Estatuto da CBH.
A ex-diretora de Adestramento conta que o estatuto que proíbe a participação de estrangeiros foi implantado em dezembro de 2018, quando já estava no gozo das atribuições de diretora. “Todos sabem que a Lei não pode ser retroativa. Ademais, ressalto que meu cargo sempre foi de confiança, podendo ser substituída a qualquer momento, por qualquer um dos presidentes citados”, afirma, destacando que “jamais exerceu função eletiva” e, tampouco, fui eleitora em qualquer oportunidade. “Nunca representei politicamente ninguém”, compara.
Trabalho em equipe
Sandra afirma que uma das coisas que mais lhe tem aborrecido é que muitas das pessoas estão fomentando informações equivocadas nas redes sociais foram seus ex-companheiros na gestão de José Roberto Giugni à frente da CBH, entre eles André Beck, um dos principais articuladores da campanha de Bárbara Laffranchi, e Fernando Sperb (Fêfo), candidato a vice da chapa "CBH Forte e Ativa", que, segundo ela, foi Secretário Geral na gestão de Giugni. "Nunca estive envolvida com essa eleição e é muito difícil passar por tudo isso, por mais apoio que venha recebendo de muitos amigos", lamenta.
Sandra diz que gostaria que seu nome fosse lembrado pelas conquistas de sua gestão, que tiveram avanços importantes principalmente nas conquistas de equipes. Segundo ela, os melhores resultados individuais do Adestramento brasileiro continuam sendo os do Cel. Silvio Marcondes e Orlando Facada. “Por equipe, entretanto, os melhores resultados de forma consistente foram em minha gestão. O Brasil hoje é reconhecido como potência no Adestramento americano vindo logo atrás de USA e Canadá. “O avanço e crescimento da modalidade a nível nacional e internacional é que deveria ser o foco. Pelo menos é isso o que interessa ao esporte e ao Adestramento”, comenta.
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