Tempos diferentes, atitudes idem
Revista Horse muda o padrão de mais de 27 anos de sua história para estampar uma ilustração na capa, até então restrita a fotos de cavalos e cavaleiros
Trata-se, sem dúvida, de uma medida urgente e necessária, como ficou claro na série “Horse Debates Equestres” (veja reportagem na edição), que reuniu 12 dirigentes de associações de raças, em quatro programas transmitidos ao vivo pelo YouTube e disponíveis no site da Horse. Respondendo a uma das questões da pauta, todos foram unânimes em defender a “união de todas as raças”. Menos de um mês depois, a Associação Brasileira do Cavalo Quarto de Milha (ABQM) tomou a iniciativa de convocar os representantes das entidades, com o apoio e articulação da Revista Horse, e formatou-se as bases e objetivos da nova entidade.
″O melhor caminho, ao nosso ver, é manter as necessidades do “cavalo” como ponto central. Há inúmeras referências nacionais e internacionais que podem servir de parâmetro. Uma das prioridades será estabelecer ações de desenvolvimento contínuo da “Educação Equestre”, com diretrizes universais"
Ao todo, são mais de 30 associações, que juntas representam mais de 100 mil associados. Um número expressivo para demonstrar o tamanho e a importância do segmento equestre nacional. As pautas e problemas a serem discutidos seguem na mesma proporção, entre eles temas como barreiras sanitárias do polêmico Mormo, bem-estar animal e questões tributárias nos negócios de cavalos. Correndo pela raia de fora, não menos fundamental, ainda há a questão da “imagem do segmento” perante à sociedade como um todo, um tema que traz embutido todas as demais pautas de prioridades.
Assim como destaca o título de capa, o novo IBEqui abre a expectativa e esperança de uma “nova era” dentro do segmento. Não obstante, o novo “instrumento” institucional tem como desafio aglutinar interesses difusos, já que o complexo agronegócio do cavalo tem muitas ramificações, cada uma com suas particularidades. Será preciso muita habilidade, disposição e bom-senso para entrar em uma órbita de produtividade sustentável.
O melhor caminho, ao nosso ver, é manter as necessidades do “cavalo” como ponto central. Há inúmeras referências nacionais e internacionais que podem ponto central. Uma das prioridades será estabelecer ações de desenvolvimento contínuo da “Educação Equestre”, com diretrizes universais. Não há crescimento e desenvolvimento sustentável sem uma boa base, como nos ensina a própria relação com os cavalos. Precisamos ter a humildade de aprender mais, evoluir sempre, para sermos cada vez mais verdadeiramente equestres! (Editorial da Revista Horse publicado na edição 124. Para recebeber mensalmente a mais completa publicação de cavalos do Brasil, clique AQUI)

Marcelo Mastrobuono
jornalista, editor da Revista Horse
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